Pois é meus amigos, após um interregno de um par de anos, eis que a prova rainha do todo o terreno regressa às origens. Só que ninguém ouviu falar disso, e apenas participaram dois concorrentes.
Eu e o Paulo!
Tudo começou quando o Félix arranjou a casa da empresa que fica lá no Mussulo, e nós decidimos ir passar lá o fim-de-semana. É uma casota pré-fabricada, em que a empresa disponibiliza um empregado que nos faz tudo. Cozinha, limpa, arruma, faz lume. Vive-se à patrão!
Só que ir de barco para lá não tem a mínima piada... 5 minutos e já está (caminho a amarelo na foto abaixo). Não! Alguém lembrou-se de ser diferente.
Como um de nós já tinha ouvido dizer, um certo dia, que alguém já tinha ido de jeep por terra (caminho a vermelho), que é um caminho só de areia solta e fofa, e que achava que era possível lá chegar por essa via, à última hora, como mandam as regras, mudança de planos!
Resumindo, ninguém sabia o caminho nem tinha ido lá antes por terra, eram mais ou menos 15h e faz noite escura às 18h00. Ninguém sabia a distância exacta até à casa. Ninguém sabia quanto tempo se levava. Ninguém sabia qual o melhor caminho. Ninguém sabia se havia algum trilho que não tinha saída. Nada! Só tinha meio depósito de gasolina para ir e vir, o que prontamente afirmaram com muita convicção "Meio depósito? Dá perfeitamente!". A minha experiência em condução na areia era nula, em todo terreno, a mesma coisa!
O que é que poderia correr mal nesta viagem?
Se ao menos tivéssemos algum sinal, que algo poderia correr mal...
Bom, como não tivemos qualquer tipo de sinal. Lá seguimos viagem todos alegres e contentes!
2 Jeeps Jimmys e 5 gajos, com 2 grades de cerveja e comida. Não nos faltava nada!
Então, sentido a pressão de estarmos com horário apertado, porque não podíamos apanhar a noite pelo caminho, sob o risco de nos perdermos, urgia despachar.
Por isso, pelo caminho paramos no tasco do costume para um cervejinha fresquinha. Há que definir prioridades!
2 Jeeps Jimmys e 5 gajos, com 2 grades de cerveja e comida. Não nos faltava nada!
Então, sentido a pressão de estarmos com horário apertado, porque não podíamos apanhar a noite pelo caminho, sob o risco de nos perdermos, urgia despachar.
Por isso, pelo caminho paramos no tasco do costume para um cervejinha fresquinha. Há que definir prioridades!
Entretanto, acabamos por encontrar pessoal da empresa, que iam acampar numa zona no início do percurso, e que ficaram espantados por irmos assim, sem nunca termos feito o percurso, ou sem qualquer experiência.
"Já lá fui buscar uns quantos. Não vos vou buscar também."
Foram algumas das muitas conversas de encorajamento que nos dirigiram...
Entretanto, sugeriram-nos baixar a pressão dos pneus, e ajudaram-nos na tarefa, com um aparelho que lá tinham.
Mas claro que não precisavam de o fazer, porque obviamente que foi a primeira coisa em que nós pensamos... Ok?
Nós não somos assim tão inconscientes... O que é que julgam?
Afinal sempre trouxemos uma corda!
Ligamos as redutoras e lá arrancamos nós novamente!
Jimmy com as redutoras a cavar na areia solta. Claro que ficou atolado logo no arranque... Isso prometia!
Sempre a "abrir"(dentro dos possíveis).
Pode-se dizer que este é o cenário ideal para nos perdermos.
Pensam vocês, é mesmo parvo, bastava telefonar para o outro.
Claro, e dizíamos, "Olha, estamos aqui, naquela estrada de areia. Tas a ver?"
Pensam vocês, é mesmo parvo, bastava telefonar para o outro.
Claro, e dizíamos, "Olha, estamos aqui, naquela estrada de areia. Tas a ver?"
Por isso, nós nos perdemos... Havia que dar alguma emoção à coisa. Passado alguns minutos, encotramo-nos não sei bem como, para passados 10 metros, atolarmos com o Jimmy a ir contra um banco de areia. Assim como que naufragar, estão a ver?
O reencontro emocionante. Chegaram-se a derramar lágrimas...
Com essas tretas todas, fez-se noite escura. Por meio de palmeiras, e barracas de alguns moradores, lá fomos nós à sorte a tentar dar com a casa. A alternativa era dormir no carro. E com o Bruno ao meu lado, não podia arriscar! Havia que encontrar a casa a todo o custo!
O reencontro emocionante. Chegaram-se a derramar lágrimas...
Com essas tretas todas, fez-se noite escura. Por meio de palmeiras, e barracas de alguns moradores, lá fomos nós à sorte a tentar dar com a casa. A alternativa era dormir no carro. E com o Bruno ao meu lado, não podia arriscar! Havia que encontrar a casa a todo o custo!
A visibilidade que tínhamos na última hora de viagem.
Apesar de nada dar a entender que poderiam acontecer, tivemos alguns percalços, mas lá chegamos à casa, e comemos e bebemos noite fora.
A praia à porta da casa. Foi acordar, arrastar-me por 4 metros, a muito custo, e deitar na areia. Valeu o esforço!
Na contra-costa (do lado do Atlântico).
O André e o Fernando trabalharam no sábado da tarde, por isso juntaram-se a nós no domingo.
O André e o Fernando trabalharam no sábado da tarde, por isso juntaram-se a nós no domingo.
Foram de barco... Mesmo meninos!
Eu sabia que ia correr qualquer coisa mal!
A merda da máquina avariou...
A última foto da minha máquina...
A merda da máquina avariou...
A última foto da minha máquina...
No regresso, a meio caminho acende a luz da reserva... Boa! Tendo em conta que com as redutoras 4x4 ligadas, o sacana do carro bebe gasolina mais rápido que a gaja que vimos lá no Mussulo bebeu uma lata de Cuca que roubou de outra gaja (é uma longa história...), fiquei realmente preocupado.
Mas só havia uma coisa a fazer: Seguir em frente sempre a fundo! Se não atolávamos.
Surpreendentemente, no regresso não houve ninguém atolou, nem a gasolina acabou. E a viagem correu às mil maravilhas.
Foi uma experiência altamente, daquelas que valem mesmo a pena passar, apesar de tudo, e que ficam para sempre marcadas. (que o digam o André e o Fernando que vieram à boleia no regresso, ainda devem ter mazelas da porrada que levaram no banco de trás.)
Por isso já sei.
Para a próxima vou de barco!
Mas só havia uma coisa a fazer: Seguir em frente sempre a fundo! Se não atolávamos.
Surpreendentemente, no regresso não houve ninguém atolou, nem a gasolina acabou. E a viagem correu às mil maravilhas.
Foi uma experiência altamente, daquelas que valem mesmo a pena passar, apesar de tudo, e que ficam para sempre marcadas. (que o digam o André e o Fernando que vieram à boleia no regresso, ainda devem ter mazelas da porrada que levaram no banco de trás.)
Por isso já sei.
Para a próxima vou de barco!