quinta-feira, 17 de setembro de 2009

O regresso de um sem abrigo em situação provisória!

Estou de volta a Angola (sim, já se passaram umas 3 semanas desde que pôs os pés novamente em terras de terra).

Apesar de o corpo ter vindo no avião da TAAG, tenho andado meio perdido essas semanas, porque a cabeça ainda não estava cá. Daí não ter escrito nada aqui. Quando estou com cabeça já é o que é, imaginem o que sairia se não tivesse com cabeça...

O regresso custou mais do que a primeira viagem. Dessa vez não havia expectativa, nem esperança de que não fosse tão mau como pintam! Agora sabia mesmo ao que vinha. Se bem que eu não era dos que estava em pior estado ali no Boeing, houve quem eu desconfio que se tivesse para-quedas disponível saltaria sem pensar duas vezes, quando sobrevoávamos Gibraltar, Marrocos, Nigéria, no Congo talvez não, após 5 horitas já estava mais mentalizado.

Ao chegar, tal como eu já esperava, não tinha a minha casa pronta. Tivemos que ir pernoitar no estaleiro, com a comidinha lá pronta à nossa espera. Mesmo com as batatas fritas frias, e o arroz seco, as febras caíram que nem ginjas!
E só no dia seguinte o Bruno e o André foram levados à sua casa nova. O que até calhou bem, sempre foi menos um dia de trabalho.

E eu? Bem, a minha casa tinha sido assaltada quando estavam a equipá-la e a prepará-la para a minha mudança, ainda antes de ter o segurança contratado. Diria eu que é sempre um bom pronúncio!

Actualmente estou num outro apartamento, provisório (se bem que a última situação provisória em que estive, durou 3 meses e meio), até que completem de mobilar a casa.

Agora a dúvida persiste nas duas alternativas que se me apresentam:

A - Um apartamento, com mais um gajo, num condomínio fechado, piscina, campo de ténis, campo de futebol.

B - Uma vivenda, com 3 quartos, sem piscina, sem campos de nada, na qual o mais certo é morar lá sozinho, num condomínio meio para o estranho, e que já foi assaltada.

Talvez me incline para a hipótese A). Apesar da piscina ser mais pequena do que no apart hotel. Mas também não sou assim tão esquisito.

Mas não me parece muito provável que assim seja. A empresa já arrendou a vivenda por causa de mim, apesar de haver outros quartos livres com boas, e as rendas aqui pagam-se à cabeça, e é pelo ano todo. (a confiança nas pessoas e nos contractos aqui reina)
Por isso têm que por alguém lá a morar para justificar a asneira que um palhaço fez...


Ponto positivo, continuo a morar e a trabalhar por Luanda Sul.

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