quarta-feira, 10 de junho de 2009

Histórias de trânsito

Na passada semana estávamos descansadamente rumo à praia de Santiago, no habitual pára-arranca, tão característico nesta pacata cidade, mesmo num fim-de-semana, quando numa manobra de todo nada estranha, um candongueiro sai da fila que se havia formado para a ultrapassar pela direita. Segue-lhe um jipe civil, não me recordo a marca, mas não era nenhum "chaço" velho.
Nisto os dois imobilizam-se assim do nada, aparentemente sem qualquer motivo, não nos pareceu haver nenhum toque.
Sai o condutor do táxi. Aproxima-se do jipe. Este abre a janela. Palavra puxa palavra. Ânimos exaltam-se. Candongueiro volta para a hiace. Pára. Regressa à janela do jipe. Dá uma bofetada no condutor através da janela. Dá meia volta. Pega num tubo que estava na berma da estrada. Regressa ao jipe. Mulher do táxi agarra-o.

Nós íamos nos aproximando devagarinho do local do acontecimento, para nosso deleito, ou não fossemos nós tugas, que parecem ter um particular fascínio por confusões alheias. E vejam só, aqui não precisávamos de abrandar ou imobilizar o carro para assistir à contenda. Sorte a nossa!

No que até aqui parecia ser uma situação típica do dia a dia das estradas lisboetas, com taxistas a envolverem-se em discussões com outros condutores, teria que obviamente ter uma pitada do perfume angolano.

O condutor do jipe, com a família no carro cheio, aspecto franzino e todo certinho, ao ver o candongueiro aproximar-se com o tubo, calmamente sai do seu veículo, dizendo ao outro moço:
"Eu já pedi desculpa."
Isto enquanto o condutor pacato sacava de uma catana e aproximava-se do candogueiro.

A cena passava-se mesmo ao lado do nosso jipe, e nós ali a assistir, faltavam só as pipocas e os óculos 3D.

O que se passou a seguir, do género, se algum braço ou cabeça foram ceifados, não vos sei dizer.
Porque a fila recomeçou a andar, e obviamente que eu também, simplesmente não queria que o gajo atrás de mim sacasse, ele também, da sua catana.
E lá seguimos nós no pára-arranca.

O melhor amigo do condutor.

2 comentários:

  1. quanto a isso so resta dizer......fodassssssssssssssssssssssse ...lolo
    Isto ai um gajo com algum guito nem precisa de carta, mas realmente uma catana por baixo do assento do condutor deve ser obrigatório :P
    Mas uma bazuca é k era...lol

    Estrela, o grande

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