segunda-feira, 15 de junho de 2009

Ilha do Mossulo

Definição de ilha que aprendi ainda estava eu na primária, por entre tabuadas e rios de Portugal:

"É uma porção de terra rodeada por mar em todos os lados."

O que não sabia é que a minha professora estava a enganar-nos a todos, aproveitando-se da nossa inocência. Esta é a definição dela, porque aqui em Angola, uma ilha é uma porção de terra com água numa grande parte desta.
Mas isso não é uma península? Perguntam vocês.
Claro que não! Venham a Angola e vejam a ilha do Mussulo. E vejam lá se a quem é que tem razão.
"Ilha" do Mussulo.

Bem o certo é que só ao fim de 2 meses e meio aqui em Luanda, até tenho vergonha de o dizer, é que finalmente fui ao Mussulo!
Não este Mussulo, porque neste como sou pula já tentei e foi parado à porta. Fui a ao outro Mussulo, onde o que mais se vê são pulas cotas e com mania (alguns são mesmo) de que são ricos.

No dia anterior, o André tinha combinado com uns colegas de St André, encontrarmo-nos com eles lá no domingo de manhã. Como tínhamos saído no sábado, custou bastante acordar às 10h para nos pormos a caminho. Partimos apenas eu e o André, o Bruno não aguentou e ficou a dormir.

Uma manhã típica de cacimbo. Luanda ao longe sob névoa.

Ao aproximar do embarcadouro, já um controlador corre para nós, a indicar o caminho. Arranjou um barco para nós, e não foi um barco qualquer... Era um francês!
Entramos para o barco, depois de combinar o preço, que já subiu para os 5€ por pessoa e por viagem. O mestre Mané Cáfua cobrava bastante menos, e ainda controlava o leme com a anca...

A viagem demorou uns 5/10mins, porque o nosso destino era o Barsulo, que fica um pouco mais afastado do embarcadouro.
Umas casinhas de férias no meio da ilha.
O cacimbo tem dessas coisas, depois o tempo abre.


Zona do Barsulo, com umas espreguiçadeiras, que podem ser nossas por meros 7,5€. Uma pechincha.

Como a zona de praia do Barsulo fica virada para Luanda, fomos atravessar a língua de areia, perdão, a "ilha", para a costa atlântica. Este lado é muito mais sossegado, menos gente, mais espaço, melhores praias, e um mar mais porreiro.

A travessia.
Há pessoas que vivem por aqui, uns putos a brincar.

Um porco habitante, ou um habitante porco. Acho que nessa foto vemos os dois.


Ao chegarmos lá, só tinha um grupo de pessoas uns 500m mais ao lado, fora isso, ninguém. Excepto uns palhaços de moto quatro que passaram pelo areal. Parece que estas motas agora estão na moda por aqui, é só ver moto quatros pelas ruas de Luanda, e à venda no Belas Shoping.

Quilómetros de praia e areia só para nós.

Regressamos à base depois da banhoca, e completamente esfomeados. Dado termos decidido a viagem ao Mussulo assim meio às pressas, não tivemos tempo de preparar a marmita, e então tivemos que comer lá mesmo no Barsulo. Não vos aconselho a fazerem isso frequentemente, porque não é saudável para o vosso extracto bancário. Um prego e uma cola foram 21€! Mas a fome é que manda, e uma vez não são vezes.

Barsulo, onde um sumo natural custa 15€.

Ainda houve tempo para uns joguinhos de volei, 3 contra 3, numa renhida e disputadíssima exibição do mais alto nível de "beach volei", que encheriam o Maia e Brenha de vergonha. De serem da mesma terra que nós, obviamente.

Ao vim do dia, telefonamos ao gajo do barco para nos vir buscar, e lá apareceu ele, e foi rápido até. Pagamos novamente os 5€ para a viagem de regresso (há quem combine pagar ida e volta no fim do dia, para não correrem o risco de ele não aparecer). E lá seguimos viagem de regresso à confusão.
Mussulo a ficar para trás.

2 comentários:

  1. Boa vida? A tua vida só irá começar quando tiveres junto a mim , muahahahah :D Beijo** Eu amo-te Miguel Paulo :P lolol

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  2. Quem é esse gajo?Quem é ele?!?! Bahh... :|


    Também amo-te Mónica Alexandra. :D

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