sexta-feira, 24 de abril de 2009

Mais um pouco de Luanda!

Já aqui falei do trânsito. De como é caótico, de como um simples percurso que se faz em 10 minutos pode demorar 1h30, dos candongueiros, das faixas de circulação em constante mutação. Só que agora tenho fotos!
Fixe, não? Assim não precisam de perder tempo a ler testamentos, nem podem pensar, "tanto texto, seca!"!

Pois é, lá no fundo nunca deixamos de ser aqueles putos que preferem ler livros com desenhos e bonecos, do que uns livros grandes cheios de texto e letras miudinhas.

O ideal mesmo era se eu metesse uns vídeos de Luanda, assim já não tinham que pensar, era só encostar e sacar das pipocas. Maravilha!

Agora acompanhem-me lá, numa ida normal para o trabalho.

Numa pacata manhã, quando ainda morávamos na Mulemba, toca o despertador às 5h40, ainda de noite. Arrancamos às 6h30, já o sol brilhava!
O que nos esperava!

Numa rua onde normalmente deveriam circular 2 veículos para cada lado, são bem visíveis 5 faixas numa direcção, e havia só uma na outra. Como é que se consegue? Fácil! Desde passeio a rasantes entre os carros, vale tudo!

Nós (1), o carro preto (2), o amarelo (3), o branco (4) e o candongueiro (5 faixas num sentido).

Trânsito completamente parado, o Sr. Candogueiro tem que fazer pela vida, e então sai do seu veículo motorizado, avança pela faixa de rodagem e tenta averiguar se existe alguma brecha por onde consiga se infiltrar e empatar ainda mais o trânsito! Não duvidem de que ele é mesmo capaz!

O Sr. Candongueiro de volta ao seu bolóide.

Também vê-se muita polícia pelas ruas, há zonas onde até se vê mais do que em Portugal. Tentam à sua maneira, controlar e disciplinar o incontrolável e o indisciplinável. Não têm tarefa fácil.
Não, não é o Chefe Joaquim.

Mas para que não pensem que a ostentação demonstrada na mensagem de ontem é regra por terras de N'Gola, aqui umas fotos das encostas que ladeiam a estrada até ao centro de Luanda. Quando há chuvas violentas, há derrocadas e morrem pessoas soterradas, pessoas que habitam nos musseques construídos lá no alto, no cimo destes morros de entulho e lixo. Num espaço qualquer onde consigam erguer uma barraca.

Musseques na Boavista.

A marginal, já na zona antiga de Luanda, tem um traço muito colonial, talvez a única zona de Luanda que se possa dizer que ainda tem uma identidade, todas as outras zonas estão um pouco descaracterizadas fruto da urbanização pouco orientada.
Na marginal, destacam-se desde logo alguma da muita construção moderna que por lá se ergue, desde a sede da Sonangol (empresa dos petróleos cá do burgo), à Torre Atlântico, e dentro em breve a Torre Ambiente, o Hotel Sana, os edifícios da Total, o Kinaxixi, e... e... Ok, pronto eu paro. (eu visto a camisola)

Torre Atlântico.
Edifício sede da Sonagol - Sociedade Nacional de Petróleos de Angola.

Ao fundo, vista da marginal, a Ilha (que não é ilha, mas sim uma península) de Luanda.

Um corta caminho porreiro para fugir ao trânsito.

Depois de mais umas estradas asfaltadas, e sem buracos, mais atalho menos atalho, lá chegamos ao destino. Eram 9h, e isso tudo graças ao Carlos, sem ele apontávamos lá para as 10h.

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